Reduzir a frequência da rega nos jardins públicos é a decisão mais imediata da autarquia, enquanto o Conselho de da Área Metropolitana do Porto ainda não decidiu o que fazer.
Ana Garrido, com Lusa
A redução na frequência da rega dos jardins é a primeira medida aplicada pela Câmara Municipal de Gaia para fazer face à previsível escassez de água nos próximos meses. No entanto, esta medida está a ser tomada de forma isolada, já que o Conselho da Área Metropolitana do Porto (AMP) ainda não decidiu acerca das medidas a tomar.
No final de uma reunião do executivo da Câmara de Gaia, o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, que é também presidente do Conselho Metropolitano, disse que a actual situação de seca exige uma acção “conjunta e articulada” entre os 17 municípios da AMP. As medidas a adoptar devem ser, acrescentou, “duradouras” e “não paliativas”.
Eduardo Vítor Rodrigues defende serem necessárias uma mudança de hábitos e uma mudança estrutural na forma de actuação dos sectores responsáveis spela gestão da água, para que se possam encontrar soluções eficazes e definitivas. Medidas pontuais “não acrescentam nada”.
A AMP comprometeu-se a elaborar, no curto prazo,um conjunto de medidas colectivas para fazer face à previsível falta de água.
De acordo com dados revelados recentemente pelo jornal PÚBLICO, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) publicou um mapa com dados até 25 de Janeiro e que não deixa margem para dúvidas: Portugal continental estava, a essa data, todo em seca. E a ausência de chuva que se tem verificado desde essa data não aponta para que o próximo boletim climatológico apresente uma informação diversa desta.
A 15 de Fevereiro, cerca de 90% do território encontrava-se em seca severa, ainda segundo o IPMA, que indica novo agravamento da situação de seca meteorológica no país, o que é superior à seca de 2018 e 2005.
