“Bazuca” europeia investe 92 milhões de euros na inovação de serviços e legalização de lares para idosos

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Foto: Nuno Ferreira Santos/PÚBLICO

Das creches ao serviço domiciliário, instituições de Vila Nova de Gaia têm a oportunidade de se modernizar

Por Caria de Oliveira

Há 92 milhões de euros para serem investidos até 2026 nos lares para idosos, centros de dia, apoio domiciliário, serviços de creches, amas e residências autónomas do país. A verba está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e será aplicada no aumento da rede de respostas inovadoras e a reabilitação e licenciamento de lares que estão fora do sistema (lares ilegais).

Os lares para idosos de Vila Nova de Gaia, e todas as instituições com a mesma finalidade social, podem agora candidatar-se a este programa de modernização e legalização. Os benefícios financeiros a aplicar durante os próximos cinco anos serão, assim, aplicados no alargamento das respostas sociais para idosos geridas pelas instituições de solidariedade social e comparticipadas pelo Estado.

“Tornou-se evidente a existência de uma realidade de equipamentos residenciais que estão fora da economia formal, implicando problemas acrescidos, do ponto de vista do acompanhamento e garantia de critérios legais (licenciamento) no seu funcionamento”, pode ler-se no documento publicado pelo Governo sobre o PRR.

Em 2018, e de acordo com o Observatório Social de Vila Nova de Gaia, o índice de envelhecimento no concelho revelava a existência de 138,7 idosos por cada 100 jovens (menos de 15 anos). Num total de 308 concelhos, Gaia ocupa o 248.º lugar neste ranking.

Em termos percentuais a nível nacional, e no ano de 2019, a população idosa significava cerca de 22 por cento do total. Porém, a cobertura de estruturas residenciais para idosos e do serviço de apoio domiciliário era de 12,5 por cento. As regiões do Algarve, áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, Cávado e Tâmega e Sousa eram as mais carenciadas.