João Couto. Foto: DR

Músico de Vila Nova de Gaia sobe ao palco do CCOP, no Porto, esta sexta-feira, para apresentar o seu mais recente trabalho de originais

Graça Amiguinho

Garante ter uma propensão grande para “obsessões esporádicas”, embora não seja “nada supersticioso”. Foi por brincadeira que entrou no jogo de palavras, entre sorte e azar, que o levaram a chegar a “Boa Sorte”, o seu mais recente disco de originais. Aos 26 anos, João Couto prepara-se para estrear ao vivo este trabalho, sexta-feira, dia 29, pelas 21h00, no palco do Círculo Católico dos Operários do Porto (CCOP). “Estou muito entusiasmado para tocar este álbum ao vivo. Sei que estas novas canções vão ganhar uma força diferente em palco. São músicas que me orgulham imenso, porque contam a minha história de forma honesta e constroem uma narrativa coesa com os temas que vou tocar do meu primeiro disco e outros que fizeram parte do meu percurso”, diz o artista, natural de Vila Nova de Gaia.

Percorrer os caminhos deste jovem músico nos últimos anos passa por dois momentos televisivos importantes: a vitória no programa Ídolos, em 2015, e a participação no Festival da Canção de 2019, com o tema “O Jantar”, de Pedro Pode, como artista convidado. Foi precisamente após este evento que João Couto decidiu brincar com a fortuna e deitar mãos a “Boa Sorte”, trabalho que agora conhece a luz do dia em cima do palco. Este novo registo tem como cartões de visita os singles “Os Meus Amigos”, “Massa do Meio-Dia”, “Sexta-Feira 13” e “Boa Sorte”.

João Couto irá tocar na íntegra o seu novo trabalho e passar por alguns dos temas incontornáveis do seu (ainda curto) percurso, acompanhado por Fábio Rocha (baixo), Marco Santos (teclas), Tonny Teixeira (guitarra) e Alex Bastos (bateria). A completar a formação, no palco do CCOP, vão estar Bruno Pina, Carolina Santos e Mia Moura nos coros. O concerto contará com dois convidados especiais: S. Pedro (produtor de “Boa Sorte”) e Marlon (vocalista d’Os Azeitonas).

Tudo começou no piano

A história de João Couto com a música começa bem cedo. Fascinado pelas melodias que ouvia, em criança, na rádio, depressa aprendeu a cantarolar os grandes êxitos de então. A família não podia ficar indiferente aos gostos manifestados em tão tenra idade, e sempre o apoiaram no associar a carreira de estudante com a aprendizagem da música. O piano foi a sua primeira escolha, completando essa aprendizagem, até ao oitavo grau.

Mas não ficou por aqui. Os seus ídolos tocavam guitarra e ele queria seguir o mesmo caminho. A guitarra foi a sua segunda paixão. Para aperfeiçoar a capacidade vocal também frequentou aulas de canto, embora a sonoridade e a afinação estivessem intrinsecamente ligadas a ele.

Insaciável nos processos de aprendizagem, foi da percussão aos sintetizadores, da bateria à viola baixo e tudo tem explorado para valorizar as suas criações. Como tantos outros artistas, deu os primeiros passos numa carreira musical em pequenas bandas de garagem, participando em programas televisivos ainda em criança. 

Uma das suas grandes aventuras foi a composição dos próprios temas. O primeiro pico foi o triunfo no Ídolos. Uma vez mais, a música ganhou força no coração de João Couto. Nunca fora muito dedicado a desportos. A sua criatividade, além da música, era preenchida com o desenho e a criação de histórias.

Em 2018, lançou o álbum “Carta Aberta”, trabalho totalmente da sua autoria, como são os casos de “Canção Só”, “Corola”, Carta Aberta” e “Dança à Chuva”, que rodaram pelas ondas das rádios e televisões nacionais. Ao vivo, já partilhou o palco com diversos artistas e colaborou com Miguel Araújo, Samuel Úria, S. Pedro, Os Azeitonas, Virgem Suta, Janeiro, Elisa, Tomás Adrião, Pedro de Tróia e Joana Almeida.

Como lições de vida, João Couto confessa ser agora mais paciente, a trabalhar ainda mais arduamente naquilo em que acredita, nunca desejando procurar reconhecimento por algo de que não se orgulhe totalmente. “Boa Sorte”!