Por Hermínia Teixeira, Júlia Morais e Luís Malheiro (texto e fotos)
Vimos “cá” pagar uma dívida, e depressinha para não ter de me valer do senhor Egas Moniz com a sua corda. Passamos a contar:
A 22 de Novembro, o Vozes de Gaia presenteou os participantes do projecto de literacia mediática com uma visita a Vila Nova de Cerveira, onde todos almoçámos nas instalações da Fundação INATEL.
Ora aqui é que está a nossa dívida. E como alguém disse em tamanho convívio: não há almoços grátis!…
Bom, a paga é em espécie e não em dinheiro. Resta-nos o quê? Papel, lápis e ideias… ideas que possamos transformar num trabalho para as plataformas [site, redes sociais] do projecto. E que os olhos de quem não o vive, possam, pelo menos, lê-lo…

Depois do almoço, a viagem prosseguiu rumo à zona histórica. Na Loja do Artesão, ficámos maravilhados com o que vimos desde que colocámos o primeiro pé na entrada. Uma montra de objectos artesanais dos mais variados tamanhos, feitios e cores.
A imaginação dos artesãos não tem limites e, com matéria-prima e um par de mãos, é possível fazer tudo o que a nossa mente cria.
Serve a arte também para pensarmos na nossa evolução e no quanto a imaginação contribui para a comunidade, para o país.

Prova viva é a Bienal de Cerveira, um verdadeiro tecto de obras contemporâneas, técnicas novas e diferentes, que resultaram em trabalhos que se veêm devagar e se demora a apreciar. Há pormenores que nos levam a pensar no diálogo entre as peças e os seus autores, sem retirar a sensibilidade, a delicadeza e o conceito de beleza.
Não foi ao acaso que este grupo se juntou. Os três da vida airada, com a mesma vontade, a mesma intenção e diferentes sensibilidades, organizámos ideias e unimos esforços para esta dívida pagar.
E, na verdade, até em poesia a imaginação decidiu criar…
A Cerveira os finalistas foram parar Com vontade e determinação Para passear e trabalhar Com os olhos e o coração Fomos num grupo unido A Júlia, a Hermínia e eu (Luís) Pesquisando e definindo Um trabalho que excedeu Estivemos na Casa do Artesão Com a Alzira e a Céu Apreciámos com o coração O bordado, a cerâmica e o véu Na Casa-Museu do Mestre Zé Terminámos ao entardecer Foi correr de pé em pé Ver a magia e o resplandecer A Bienal não podia faltar Como grande acontecimento Ficámos de boca aberta a admirar Os detalhes deste momento Fechámos com chave de ouro No Cervo e no Baloiço As vibrações são o vindouro De energias positivas que oiço Estava frio e muito vento Mas o lugar aqueceu-nos a alma A providência em advento Aconselhava-nos alegria e calma Vozes de Gaia, p'ró ano há mais? Não sabemos, ficamos feitos Não temos pressa e ademais Estamos bem e satisfeitos