Intervenção será feita em colaboração com 28 associações do concelho, onde houve um aumento de imigrantes entre 2018 e 2019
Por Carlos Caldas
A situação dos migrantes em Odemira lançou um alerta para outras regiões do país. Em Vila Nova de Gaia, o segundo Plano Municipal para a Integração de Migrantes (PMIM) foi levado ao conhecimento do executivo e será desenvolvido até 2024, através de um conjunto de acções destinadas a “contribuir para uma cidade mais dinâmica e inovadora, em que o desenvolvimento e a qualidade de vida funcionem como o núcleo central do trabalho”, conforme anuncia a autarquia no seu site oficial.
O município contabilizou um aumento de 27,9 por cento do número de imigrantes, entre 2018 e 2019, constituído então por 4190 brasileiros, 590 angolanos, 397 italianos, 328 ucranianos e 246 chineses. Estes números tornam Vila Nova de Gaia no segundo maior município do Distrito do Porto em concentração de imigrantes, não sendo considerados para o efeito aqueles em processo de legalização ou de regularização no país.
O PMIM vai ser levado a cabo em colaboração com 28 associações do concelho de Vila Nova de Gaia e resulta no compromisso camarário em apoiar os cidadãos estrangeiros em áreas como o urbanismo e habitação, saúde, educação (como o melhor conhecimento da Língua Portuguesa), empreendedorismo e formação profissional. Além disso, a autarquia compromete-se a dotar os seus técnicos com “as habilitações necessárias para promover o acolhimento e integração de imigrantes com ações de formação, dotando ainda os serviços de materiais informativos adequados”. Serviram de base à criação do PMIM iniciativas semelhantes em vigor em outros municípios: Lourinhã, Loulé, Amadora, Braga, Lisboa, Matosinhos e Odemira.