Aldeia SOS Gulpilhares. Foto: NELSON GARRIDO (PÚBLICO)

A pandemia baralhou as contas de muitas instituições de solidariedade social. A Aldeia SOS de Gulpilhares não foi excepção, embora sem efeitos negativos aparentes. As cerca de dezena e meia de crianças ali acolhidas “deixaram de receber a visita da família biológica ou visitá-la, ir a festas de aniversário dos amigos ou receber a visita deles”, revela Diogo Silva, director técnico desta Aldeia SOS. “Fomos criando alternativas, como jogos de futebol ou sessões de cinema”, acrescenta.

As Aldeias SOS nasceram em 1949, por Hermann Gmeiner (1919-1986), na Áustria. O elevado número de crianças órfãs e a falta de recursos do pós-guerra levaram este filantropo, também ele órfão muito cedo, a avançar com uma nova ideia de acolhimento: uma cuidadora, irmãos, uma família, uma casa, uma aldeia.

As Aldeias SOS nasceram em 1949, por Hermann Gmeiner (1919-1986), na Áustria. O elevado número de crianças órfãs e a falta de recursos do pós-guerra levaram este filantropo a avançar com uma nova ideia de acolhimento.

Na de Gulpilhares (1980), o conceito é semelhante, mesmo com pandemia. “Alterou a rotina, mas a vida foi normalizando e houve aspectos positivos, como uma maior aproximação dos miúdos aos adultos e doações de material informático. As equipas trabalharam em espelho e não tivemos casos de Covid-19 entre os utentes”, diz Diogo Silva, nesta Aldeia SOS desde 2018, após dez anos no Lar Juvenil dos Carvalhos.

Houve crianças a entrar e a sair, “como noutros anos”, e a entrada de duas cuidadoras, ao abrigo do programa Medida de Apoio ao Reforço de Emergência em Equipamentos Sociais e de Saúde (Abril de 2020), para reforço de recursos humanos no sector social.

O financiamento é feito através da Segurança Social; a Câmara de Gaia e a União das Freguesias de Gulpilhares e Valadares são parceiros estratégicos – a autarquia deu um contributo financeiro. As Empresas SOS ajudaram “sempre que solicitadas, os Amigos SOS, com doações particulares, e a ajuda de voluntários”.

Aida Maria