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Arranca hoje a terceira edição do Festival Ar d’Jazz, em Arcozelo. Com o objectivo de “descentralizar a cultura e democratizá-la cada vez mais”, serão nove concertos de temas originais a decorrerem na Associação Cultural e Recreativa Desnortearte.

Por Aida Soares

Cinco dias, nove bandas. Vai ser assim a terceira edição do Festival Ar d’Jazz, que solta hoje as primeiras notas, nas instalações da Associação Cultural e Recreativa Desnortearte (ACRD), Arcozelo. A abertura está a cargo do Eduardo Santos Trio (18h30) e prossegue com o projecto Liftoff (21h00). O cartaz do festival encerra no domingo, com a actuação da banda da casa, o Ensemble Ar d’Jazz (18h00). Os bilhetes custam entre os seis (diário) e os 35 euros (semanal).

Se na primeira edição, em 2019, os artistas convidados actuaram “pro bono”, o crescimento do festival aconteceu de forma natural e, como revela ao Vozes de Gaia, Natacha Sampaio, uma das criadoras do evento, foi “gratificante ouvir um pescador dizer que nem sabia que gostava de jazz”.

Porém, também a dimensão do evento foi notória e, este ano, o Festival Ar d’Jazz garantiu apoios financeiros da Cultura a Norte, da Garantir Cultura e da Junta de Freguesia de Arcozelo, em consonância com os esforços de Daniela Barros do projecto Cultura Curto Espaço, de amigos e de voluntários apaixonados pelo género musical.

A par dos concertos, há também uma residência artística, cujo objectivo é o de “desenvolver nos participantes as competências técnicas e de improvisação, tanto individualmente, como no contexto da criação em grupo”. O último concerto será a apresentação do resultado final desta experiência levada a cabo por mentores e alunos.

A ACRD tem como meta que o festival seja totalmente gratuito, com a finalidade de “torná-lo ainda mais acessível a toda a gente”, para “continuar de mãos dadas com a comunidade”, fomentando a ideia de “inovação, tradição e saberes” a complementarem-se, diz Natacha Sampaio.

A ACRD foi criada em finais de 2017 com base no “apelo à interacção social” da comunidade e da música. Natacha Sampaio e Rui Bandeira, também fundador da Associação e com experiência na área da música, decidiram mais tarde criar o Festival Ar d’Jazz com a intenção de “levar este e outros tipos de cultura para zonas menos centrais e fazê-la chegar a todo o tipo de públicos”.